“SORBONNISTAS” X “PARAGUAIOS”: técnicos e políticos personalistas no PSD catarinense (1960-1965)

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Início Publicação: 31/05/2000
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação

“SORBONNISTAS” X “PARAGUAIOS”: técnicos e políticos personalistas no PSD catarinense (1960-1965)

Ano: 2011 | Volume: 12 | Número: 1
Autores: Marcelo Raupp
Autor Correspondente: Marcelo Raupp | [email protected]

Palavras-chave: História, Cultura Política, Elites.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A política catarinense de meados da década de 1960 apresentou uma característica fundamental: a coexistência de diferentes elites políticas. Dentro do PSD (Partido Social Democrático) estadual, esta foi uma característica marcante. De um lado, um grupo de larga tradição, voltado para uma ação de caráter mais personalista, geralmente identificada por práticas tidas como “clientelistas” e “populistas”. De outro, pela emergência de certas demandas técnico-administrativas dentro dos aparelhos estatais, provenientes de um ímpeto de modernização, nas quais entram em cena personagens vinculados a um diferente perfil (construído por uma perspectiva tecnocrata). O primeiro carregava a influência de Aderbal Ramos da Silva (ex-governador), através de uma liderança cada vez mais fundamentada na figura do deputado Ivo Silveira. O segundo grupo, fortalecido no período aqui assinalado, ganhou evidência com o “Seminário Sócio-Econômico” e, posteriormente, com o “Plano de Metas do Governo”; isto, através da supervisão destacada do intelectual Alcides Abreu. Sendo fundamental para os primeiros o controle da máquina pública, refinada pelos segundos, entra em cena uma nova correlação de forças em busca do poder partidário, resultado simultâneo da fricção e da simbiose entre novas e antigas culturas políticas.