“Sai da linha que o meu cavalo tá ocupado!”: sobre telefones celulares e religiosidade entre umbandistas de um bairro popular

Vivência: Revista de Antropologia

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ISSN: 2238-6009
Editor Chefe: Julie Antoinette Cavignac
Início Publicação: 07/05/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia

“Sai da linha que o meu cavalo tá ocupado!”: sobre telefones celulares e religiosidade entre umbandistas de um bairro popular

Ano: 2015 | Volume: 1 | Número: 45
Autores: S. R. Silva
Autor Correspondente: S. R. Silva | [email protected]

Palavras-chave: Telefones celulares, Umbanda, Camadas populares

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir de uma etnografia de doze meses sobre práticas de consumo e apropriação tecnológica realizada em um bairro de camadas populares de Florianópolis (SC), discuto neste artigo as práticas socioculturais associadas ao uso de telefones celulares entre umbandistas do Morro São Jorge, uma tradicional comunidade negra da cidade. A análise dos dados de campo revela que, embora os telefones celulares estejam cada vez mais presentes no cotidiano dos umbandistas, sua presença nas práticas de religiosidade afro-brasileira e nos ritos religiosos em si é atravessada por múltiplas tensões, as quais dão conta das fronteiras cada vez mais fluidas entre o “moderno” e o “tradicional”.



Resumo Inglês:

Based on a twelve-month ethnography on consumption practices and the appropriation of technology carried out in a low-income neighborhood in the city of Florianópolis, capital of the Brazilian Southern state of Santa Catarina, I discuss in this article the sociocultural practices associated with the use of mobile phones among umbandistas in a traditional black, low-income neighborhood. Fieldwork data reveals that, although mobile phones have become increasingly present in umbandistas’ everyday life, their presence in Afro-Brazilian religious practices and even in religious rites is covered with multiple tensions. Such tensions, on their turn, give account of the ever more fluid frontiers between what is considered “modern” and what is considered “traditional”.