“HEGEL VERSUS HOBBES”: LIAMES COM A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Perspectivas Online

Endereço:
RUA SALVADOR CORREA, 139
/ RJ
0
Site: http://WWW.PERSPECTIVASONLINE.COM.BR
Telefone: 22 27262727
ISSN: 19825501
Editor Chefe: aa
Início Publicação: 31/12/2006
Periodicidade: Trimestral

“HEGEL VERSUS HOBBES”: LIAMES COM A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Ano: 2010 | Volume: 4 | Número: 14
Autores: Gerson Tavares do Carmo
Autor Correspondente: Gerson Tavares do Carmo | [email protected]

Palavras-chave: educação de jovens e adultos, teoria do reconhecimento social, gramática moral dos conflitos sociais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo é fragmento de um capítulo da tese de doutoramento “O Enigma da Educação de Jovens e
Adultos: evasões e retornos sob a ótica da teoria do reconhecimento social”. Dessa forma, pretendeu-se
discutir o axioma hobbesiano, cuja tese é a inevitável “guerra de todos contra todos” não fosse a relação
contratual com o Estado e sua prerrogativa de monopólio do poder, com o axioma hegeliano, cuja tese é a
dependência humana por reconhecimento social, o que fundamenta uma gramática moral nos conflitos
sociais ao longo de sua história. A tese do “homem egoísta” é insustentável quando se percebe que a luta por
reconhecimento social, isto é, os conflitos que Hobbes evita por sua natureza destruidora, é a fonte da
formação societária para Hegel, e posteriormente para Honneth e Taylor, especialmente na democracia, cujos
avanços apontam para o reconhecimento das diferenças e para os direitos humanos como princípios
universalmente válidos. Nesse sentido, postula-se que a Educação de Jovens e Adultos, como movimento
social reconhecido pela dinâmica de seus oitenta e um fóruns estaduais e regionais no Brasil, que tem como
causa principal a defesa dos direitos à educação por toda a vida e um legado da Educação Popular orientado
pelos princípios freireanos da Educação, está em sintonia harmônica com o axioma que fundamenta a
“gramática moral dos conflitos sociais” e a “ética da autenticidade” formuladas, respectivamente, pelo
filósofo alemão Axel Honneth e pelo filósofo canadense Charles Taylor, com base na teoria do
reconhecimento social, originariamente formulada pelo jovem Hegel, nos primeiros anos do século XIX.



Resumo Inglês:

This article is a fragment of a chapter of the doctoral thesis "The Enigma of Youth and Adults: avoidance
and returns from the viewpoint of the theory of social recognition." Thus, we intended to discuss the
Hobbesian axiom, whose thesis is the inevitable "war of all against all" was not a contractual relationship
with the state and its monopoly of prerogative power, with the axiom Hegelian, whose thesis is the human
dependence for social recognition, which underlies a moral grammar in social conflicts throughout its
history. The thesis of the "selfish man" is untenable when one realizes that the struggle for social recognition,
that is, conflict that Hobbes avoids due to its destructive nature, is the source of corporate training for Hegel,
and later to Taylor and Honneth, especially in democracy, whose advances point to the recognition of
differences and for human rights as universally valid principles. Accordingly, it is postulated that the
Education of Youth and Adults, as a social movement recognized by the dynamics of their eighty-one state
and regional forums in Brazil, which has as main cause for the rights to education for life and a legacy
popular education guided by the principles of Freire , fits in harmoniously with the axiom that underlies the
"moral grammar of social conflicts" and "ethics of authenticity" issued respectively by the German
philosopher Axel Honneth and the Canadian philosopher Charles Taylor, based on the theory of social
recognition, originally formulated by the young Hegel, in the early years of the nineteenth century.