“Eu adoro uma faca!” Classe média, cirurgias plásticas e os ‘verdadeiros’ perigos da vida

Revista Brasileira De Sociologia Da Emoção

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João Pessoa / PB
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Telefone: (83) 9191-9240
ISSN: 16768965
Editor Chefe: 1
Início Publicação: 31/03/2002
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

“Eu adoro uma faca!” Classe média, cirurgias plásticas e os ‘verdadeiros’ perigos da vida

Ano: 2011 | Volume: 10 | Número: 29
Autores: Thaïs Machado Borges
Autor Correspondente: T. M. Borges | [email protected]

Palavras-chave: cirurgias estéticas, classe média, corpo, risco, desigualdade social

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Durante a primeira década do século XXI mais de meio milhão de
pessoas se submeteram anualmente a algum tipo de operação plástica no Brasil.
Mais da metade dessas intervenções foi de caráter estético. Cirurgias estéticas, seus
riscos e exageros são motivos de debates e polêmicas globais. Este trabalho
examina como brasileiros de classe média discutem e praticam esse tipo de
cirurgia. Argumenta-se que dentro do contexto de desigualdade social e de
constante insegurança que caracteriza a sociedade brasileira contemporânea, as
outramente arriscadas operações estéticas são vistas não somente como práticas de
baixo risco, mas também como um modo de esculpir corpos de forma a dar-lhes
um aspecto rico, moderno e, consequentemente, diferente de outros corpos e
pessoas considerados como pobres e potencialmente perigosos.



Resumo Inglês:

During the first decade of this century more than half a million
people have annually undergone some kind of plastic surgery in Brazil. More than
half of these interventions had a cosmetic purpose. Cosmetic surgery, its risks and
excesses generates global discussions and polemics. This article examines how
middle-class Brazilians discuss and practice this kind of surgery. It is argued that
within the context of social inequality and insecurity that characterizes
contemporary Brazilian society; these otherwise risky interventions are seen not
only as low-risk practices, but also as ways to sculpt bodies in order to give them a
rich and modern appearance and thus mark a difference towards bodies and
persons regarded as poor and potentially dangerous.