“Dor de balateiro é igual à de mulher esquecida”: memórias dos balatais do Pará

Vivência: Revista de Antropologia

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ISSN: 2238-6009
Editor Chefe: Julie Antoinette Cavignac
Início Publicação: 07/05/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia

“Dor de balateiro é igual à de mulher esquecida”: memórias dos balatais do Pará

Ano: 2013 | Volume: 1 | Número: 42
Autores: L. G. Carvalho
Autor Correspondente: L. G. Carvalho | [email protected]

Palavras-chave: Balateiros, Memória, Trabalho

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo resulta de pesquisa etnográfica empreendida no Pará junto a dezenas de ex-balateiros, homens que, durante décadas, extraíram sistematicamente um látex conhecido como balata, dedicando grande parte de suas vidas ao trabalho e à convivência em pequenos grupos nos balatais da floresta amazônica. Nos anos 1970, quando a balata perdeu interesse no mercado internacional, esses homens viram-se destituídos da profissão e dos laços sociais que mantinham, fortemente baseados no trabalho extrativista. A pesquisa busca, por meio do registro de relatos biográficos dos ex-balateiros, hoje idosos, compreender a dinâmica de suas lembranças do trabalho, sobre o pano de fundo de uma identidade fragmentada e desvalorizada.  



Resumo Inglês:

This article results from an ethnographic research implemented in Pará, which involved dozens of ex-balateiros, men who, systematically extracted the latex known as balata, spending long periods of their lives in the rainforest. In the 70s, when their trade was no longer of interest to the international market, these men found themselves devoid of work and social ties they used to hold, strongly based in their work. Recording life stories of those extractivists, elderly citizens now, aim at understanding the dynamic of memories of their work having, as its background, a fragmented and undervalued identity.