“COM ELE ASSIM, HOJE EU SEI ME EXPRESSAR”: O DISCURSO-CABELO, A CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE E O DISPOSITIVO DA TRANSIÇÃO CAPILAR

UniLetras

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ISSN: 1983-3431
Editor Chefe: Marly Catarina Soares, Márcia Cristina do Carmo
Início Publicação: 30/04/1979
Periodicidade: Semestral

“COM ELE ASSIM, HOJE EU SEI ME EXPRESSAR”: O DISCURSO-CABELO, A CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE E O DISPOSITIVO DA TRANSIÇÃO CAPILAR

Ano: 2023 | Volume: 45 | Número: Não se aplica
Autores: Dandara Silveira Monteiro
Autor Correspondente: Dandara Silveira Monteiro | [email protected]

Palavras-chave: Análise do discurso, biopolítica, dispositivo da transição capilar.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo, pretende-se apresentar uma análise dos discursos da transição capilar, em sua polivalência tática (Foucault, 2017), considerando seus tensionamentos e positivações. O corpus é composto por excertos de duas entrevistas feitas com mulheres que passaram pela transição, para evidenciar as regularidades discursivas observadas: tal prática opera na construção da subjetividade e “dessubjetividade” das transicionadas, por meio de enunciados de empoderamento e que atendem, também, a um interesse mercadológico (ancorado no imaginário de beleza e de visibilidade). Ainda assim, há positividades nessas práticas ao considerar-se que esse retorno ao “natural” também opera na (re)significação da estética negra.



Resumo Inglês:

The aim of this article is to present an analysis of the discourses of hair transition, in its tactical polyvalence (Foucault, 2017), considering its tensions and positivities. The corpus is made up of excerpts from two interviews with women who have undergone the transition, in order to highlight the discursive regularities observed: this practice operates in the construction of the subjectivity and “desubjectivity” of the transitioned women, through statements of empowerment and which also serve a market interest (anchored in the imaginary of beauty and visibility). Even so, there are positives in these practices when you consider that this return to the “natural” also operates in the (re)signification of black aesthetics.