Da antiguidade ao século XIX, a prática epistolar foi a responsável pela
comunicação à distância. Entretanto, embora única e necessária, a escrita de cartas
não era espontânea, pois respeitava normas, ditava regras e abria espaço para
a criatividade através de uma literatura de orientação à escrita de cartas. Nesse
contexto, apresentamos um breve estudo de um compêndio escrito por Francisco
José Freire, declarado pelos estudiosos da epistolografia como o primeiro teórico
epistolar setecentista português. Em 1745, publicou a obra “O Secretário Portuguez
Compendiosamente InstruÃdo no modo de Escrever Cartas†– reeditada inúmeras
vezes. Assim, através de um estudo pelas perspectivas da história cultural e social,
analisou-se o compêndio pelo viés da cultura escrita.