“A escuta sensível para além das grades”: oficinas com mulheres aprisionadas

ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste

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ISSN: 2358-5587
Editor Chefe: Marcos Aurélio da Silva
Início Publicação: 01/01/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Antropologia

“A escuta sensível para além das grades”: oficinas com mulheres aprisionadas

Ano: 2019 | Volume: 6 | Número: 11
Autores: Márcio Alessandro Neman do Nascimento, Kesley Gabriel Bezerra Coutinho, Lorena Lopes de Oliveira, Anita Cristina Gonçalves da Rocha, Jefferson Adriã Reis
Autor Correspondente: Márcio Alessandro Neman do Nascimento | [email protected]

Palavras-chave: Prisão; Gênero; Subjetividade; Psicologia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo objetiva apresentar atividades socioeducacionais e políticas desenvolvidas com mulheres em condição de privação de liberdade em uma unidade prisional de um município de médio porte do sul de Mato Grosso. O posicionamento teórico-metodológico esquizoanalista apoia a tríade teoria-prática-supervisão por meio de “rodas de conversas” executadas por discentes de um curso de Psicologia. Concluímos que as atividades desenvolvidas produzem condições para a expressão de subjetividades normatizadas, mas também produzem maneiras singulares de condução de suas existências, estabelecendo uma conexão polifônica aberta e coletiva, baseada em respeito, compreensão e problematizações importantes sobre como superar o processo de institucionalização e construir um projeto de vida ao retornarem ao convívio social em meio aberto.



Resumo Inglês:

This article aims to present socio-educational and political activities developed with women in conditions of deprivation of liberty in a prison unit in a medium-sized municipality in the south of Mato Grosso. The schizoanalyst theoretical-methodological positioning supports the theory-practice-supervision triad through “conversation circles” performed by students of a Psychology course. We conclude that the activities developed produce conditions for the expression of standardized subjectivities, but also produce unique ways of conducting their existences, establishing an open and collective polyphonic connection, based on respect, understanding and important questions on how to overcome the institutionalization process and build a life project when they return to social life in an open environment.



Resumo Espanhol:

Este artículo tiene como objetivo presentar actividades socioeducativas y políticas desarrolladas con mujeres en condiciones de privación de libertad en una unidad penitenciaria en un municipio de tamaño mediano en el sur de Mato Grosso. El posicionamiento teórico-metodológico del esquizoanalista apoya la tríada teoría-práctica-supervisión a través de "círculos de conversación" realizados por estudiantes de un curso de psicología. Concluimos que las actividades desarrolladas producen condiciones para la expresión de subjetividades estandarizadas, pero también producen formas únicas de conducir sus existencias, estableciendo una conexión polifónica abierta y colectiva, basada en el respeto, la comprensión y las preguntas importantes sobre cómo superar el proceso de institucionalización y construir un proyecto de vida cuando regresan a la vida social en un entorno abierto.



Resumo Francês:

Cet article vise à présenter les activités socio-éducatives et politiques développées avec des femmes en situation de privation de liberté dans une unité pénitentiaire d'une commune de taille moyenne au sud du Mato Grosso. Le positionnement théorico-méthodologique schizoanalyste soutient la triade théorie-pratique-supervision à travers des «cercles de conversation» réalisés par les étudiants d'un cours de psychologie. Nous concluons que les activités développées créent des conditions pour l'expression de subjectivités standardisées, mais produisent également des façons uniques de mener leurs existences, établissant une connexion polyphonique ouverte et collective, basée sur le respect, la compréhension et des questions importantes sur la façon de surmonter le processus d'institutionnalisation et de construire un projet de vie quand ils retournent à la vie sociale dans un environnement ouvert.