‘De mãos atadas’: o cotidiano dos trabalhadores da atenção básica em saúde diante do sofrimento psicológico

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ISSN: 1031104
Editor Chefe: Paulo Duarte de Carvalho Amarante
Início Publicação: 30/09/1976
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Saúde coletiva

‘De mãos atadas’: o cotidiano dos trabalhadores da atenção básica em saúde diante do sofrimento psicológico

Ano: 2010 | Volume: 34 | Número: 87
Autores: L. F. M. Azevedo, M. Traverso-Yépez
Autor Correspondente: L. F. M. Azevedo | [email protected]

Palavras-chave: Saúde pública, estresse psicológico, atenção primária à saúde.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho parte da Etnografia Institucional, conversas informais e entrevistas com alguns profissionais da Atenção Básica, em que se observam práticas de cuidado em saúde mental limitadas. Os trabalhadores de saúde devem atender uma demanda significativa de pessoas com queixas de ‘nervos’ e sofrimento psicológico sem a devida preparação e/ou dispositivos terapêuticos que realmente contribuam para o alívio desses problemas. Os trabalhadores percebem a insuficiência de suas ações e a incapacidade de resolvê-las, o que gera sofrimento e desilusão com o sistema público de saúde. Alguns deles expressam
se sentir ‘de mãos atadas’ por não saberem como conciliar as necessidades da população, as demandas profissionais e a realidade social e estrutural do SUS.



Resumo Inglês:

The present paper begins with the Institutional Ethnography, informal conversations, and semi-structured interviews with health professionals in the primary health care. It is observed that practices dealing with mental problems are still poor. The health professionals should meet a significant demand of people that complain about ‘nerves’ and psychological suffering, without the proper preparation and/or therapeutic devices, which really contribute for relieving these issues. Some professionals realize that their actions are not enough, and their frustration generates more suffering and disillusionment on the public health system. Some of them feel like ‘their hands are tied’, for they do not know how to conciliate people’s needs, professional demands, and social and structural reality of the Brazilian Unified Health System.