A ética da metaestabilidade e a direção ética da clínica

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ISSN: 1516084X
Editor Chefe: Margarete Axt
Início Publicação: 28/02/1998
Periodicidade: Semestral

A ética da metaestabilidade e a direção ética da clínica

Ano: 2012 | Volume: 15 | Número: 1
Autores: Silvia Helena Tedesco, Cristiano Rodrigues
Autor Correspondente: Silvia Helena Tedesco | [email protected]

Palavras-chave: clínica, ética, Foucault, produção de subjetividade, Simondon

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem como objetivo problematizar a direção da ética clínica a partir de alguns impasses gerados em nossa prática cotidiana, pela exigência frequente na atualidade de formulação de diagnósticos e prognósticos precisos, que estabelecem a priori a direção do tratamento. Segundo G. Simondon e M. Foucault, a atitude ética desloca-se de uma concepção ética ligada a simples conformidade ou não aos códigos existentes, extraídos de verdades universais, para no lugar afirmá-la como invenção de novos modos de relação com os códigos. A proposta defendida por G. Simondon sobre a ética da metaestabilidade comparece para explicitá-la em seu caráter imanente. O sentido do ato ético não está dado numa instância transcendente, mas é inerente ao próprio ato, naquilo que ele é capaz de produzir, nos nexos que estabelece com o meio associado - esse sistema maior formado pelo homem e pelo mundo.



Resumo Inglês:

This article is intended to establish a discussion on the direction of clinical ethics, in the view of some impasses generated in our daily practice, and the need of formulating accurate diagnoses and prognoses which set, a priori, the direction of the treatment. According to G. Simondon and M.Foucault, the ethical attitude shifts from the mere compliance or non compliance with the existing codes, drawn from universal truths, to assert itself as an invention of new ways of relating to the codes. The proposal on the ethics of meta-stability advocated by G. Simondon aims at clarifying its immanent character. The sense of the ethical act is not given as a transcendental instance, but as inherent to the act itself, to everything that it is capable of producing, to the links it establishes with the associated environment – this larger system formed by the man and the world.