É preciso cuidar da Lepra: políticas sanitárias

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Início Publicação: 31/10/1969
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Saúde coletiva

É preciso cuidar da Lepra: políticas sanitárias

Ano: 2003 | Volume: 17 | Número: 1
Autores: Juliane Conceição Primon Serres
Autor Correspondente: Juliane Conceição Primon Serres | [email protected]

Palavras-chave: lepra, saúde pública, história

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O combate à Lepra no Brasil entrou para a agenda sanitária nacional no período
republicano, com a criação em 1920 do Departamento Nacional de saúde pública e da Inspetoria da
Profilaxia da Lepra e Doenças Venéreas. Entretanto, as autonomias estaduais garantidas pela
constituição de 1891 impediram que a sistematização na profilaxia da doença fosse estendida a todos
os estados da Federação. Com a ascensão do Estado autoritário no Brasil pós-30, em que as questões
de saúde pública passaram a ser executadas de modo coordenado e centralizado, o combate à Lepra
esteve entre as prioridades do governo Varguista. Sinônimo de atraso e subdesenvolvimento, a endemia
comprometia a imagem do país. A Campanha Nacional contra a Lepra, iniciada no Brasil nos anos 30,
visava pôr fim à marcha dessa moléstia que cobrava importantes tributos sociais. Medidas como a
criação de Preventórios, estabelecimentos destinados aos filhos saudáveis de doentes, de
Dispensários, para exames e tratamento de doentes, e de Leprosários, para isolamento de portadores
de Lepra, foram algumas das medidas tomadas pela Campanha. No Rio Grande do Sul, as primeiras
ações “oficiais” de combate à Lepra restringiram-se em segregar os doentes no Hospital de Isolamento;
em seguida, passou-se a uma campanha para a construção do Hospital Colônia Itapuã, destinado a
isolar os doentes de todo o estado. Este artigo procura fazer um resgate histórico das ações dos
poderes públicos em relação à Lepra até a construção do Leprosário de Itapuã, importante marco na
saúde pública do Rio Grande do Sul.



Resumo Inglês:

Patients from all the State. This article tries to restore the historic actions of the government
in relation to Leprosy until the construction of the “Abstract: The fight against leprosy in Brazil enters into the
sanitary agenda in the Republican period, with the creation in 1920 of the National Department of Public
Health and the Inspectory of Prophylaxis of Leprosy and Venereal Diseases. However the state autonomy
guaranteed by the Constitution of 1891 did not permit to extend to all States of the Federation the prophylaxis
measures of the disease. With the assumption of the authoritarian State in Brazil after the 30’s, the policies
on Public Health were done in a coordinated and centralized way, and the fight against leprosy was one of
the priorities of the Vargas government. As a signal of retard and underdevelopment, the endemicity
compromised the image of the country. The national Campaign against Leprosy established in the 30’s had
the objective of banishing this disease that caused many important social damages. Measures like the
creation of “Preventórios”, a place destined to the healthy children of the sick people, “Dispensários”, for
clinical exams and for treatment of unhealthy people and Leprosarium for isolation of carriers of Leprosy,
were some of the measures taking by the Campaign. In the State of Rio Grande do Sul the first “official”
actions in the fight against leprosy were restricted to segregate sick people in a Isolation Hospital, followed
by a campaign for the construction of the Hospital Colônia Itapuã, which was destined to isolate the
Leprosário de Itapuã”, an important landmark in the Public Health in Rio Grande do Sul.



Resumo Espanhol:

El combate a la Lepra en Brasil, ingresó a la agenda sanitaria nacional en el
período Republicano con la creación en 1920 del Departamento Nacional de Salud Pública y de
la Inspectoría de Profilaxia de Lepra y enfermedades Venéreas. Sin embargo las autonomías
estaduales garantizadas por la constitución de 1891 impidieron que la sistematización en la
profilaxia de la enfermedad fuera extendida a todos los Estados de la Federación. Debido a la
ascensión del Estado autoritario en Brasil pos años 30, las cuestiones de Salud Pública pasaron
a ser ejecutadas de manera coordinada y centralizada. El combate a la Lepra estuvo entre las
prioridades del gobierno ‘Varguista’, sinónimo de retraso y subdesarrollo, la endemia comprometía
la imagen del país. La campaña nacional contra la Lepra iniciada en Brasil en los años 30
visaba ponerle un punto final a esta molestia que cobraba importantes tributos sociales. Medidas
como la creación de “Preventorios”, establecimientos destinados a los hijos saludables de
enfermos, “Dispensarios”, para exámenes y tratamiento de enfermos. Además de “Leprosários”
para isolamiento de portadores de Lepra, fueron algunas de las medidas tomadas por la Campaña.
En Rio Grande do Sul, las primeras acciones “oficiales” del combate a la Lepra se restringieron
a segregar los enfermos en el Hospital de Isolamiento, en seguida se pasó a una campaña para
la construcción del Hospital Colônia Itapuã, institución destinada a isolar los enfermos de todo
el Estado. Este artículo desea hacer un rescate histórico de las acciones de poderes públicos
en relación a la Lepra hasta la construcción del Leprosário de Itapuã, Importante marco en la
Salud Pública de Rio Grande do Sul.