Nos últimos anos, os historiadores sublinharam a importância da noção
de suporte para uma história da leitura. O presente ensaio insiste na relevância
da historicidade do corpo-leitor que se conjuga com os suportes da escrita.
Trata-se de pensar na história da leitura como história do corpo e considerar
se a invenção da leitura silenciosa no Ocidente medieval não deve ser pensada
como a produção de uma nova técnica do corpo.