Os camelôs da feirinha da madrugada na cidade de São Paulo: uma abordagem ancorada na multiplicidade social


Os camelôs da feirinha da madrugada na cidade de São Paulo: uma abordagem ancorada na multiplicidade social

Ano: 2017 | Volume: 1 | Número: 32
Autores: Álvaro Cardoso Gomes / Rosineia Oliveira dos Santos
Autor Correspondente: Álvaro Cardoso Gomes | [email protected]

Palavras-chave: Camelô; Mercado informal; Feirinha da madrugada.

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Resumo Português:

Este artigo foi desenvolvido por meio de uma pesquisa de campo, que envolveram camelôs da cidade de São Paulo, mais especificamente região do Brás, local conhecido popularmente como Shopping Popular da Madrugada. Nosso objetivo foi verificar se o mercado informal é um fator fundamental para mudança de comportamento desse comerciante, analisando se este utiliza estratégias para aumentar suas vendas em um ambiente tão competitivo. Pesquisamos se os trabalhadores informais possuem algum nível de ensino e se isto influencia no seu
desempenho. Em entrevistas com os camelôs, elaboramos um questionário com perguntas sobre o seu desempenho diário de sobrevivência nesse mercado de grande concorrência e a relação entre brasileiros e imigrantes que compartilham saberes em uma feira com grande multiculturalismo. Com os dados coletados, analisamos as respostas e pudemos constatar que, mesmo sem ter conhecimento acadêmico da forma como vender seus produtos, sabem que precisam criar laços e que em um ambiente tão competitivo, como é o mercado informal na cidade de São Paulo, eles precisam uns dos outros. Chegamos à conclusão que este trabalhador informal, conhecido popularmente como camelô, consegue se sobressair perante outros comerciantes não somente pela forma com que trabalha com seu produto, mas por
conseguirem preços bem abaixo dos outros com pontos em lojas de rua e, com isso, conseguirem vender suas mercadorias e trazer sustento para suas famílias e dependentes.