Este artigo do evento “Interfaces Geociências e Ensino: 40 anos de experiências (1973-2013)” divide em três fases distintas as manifestações das preocupações da comunidade geológica em relação a questões educacionais. O trabalho situa o envolvimento e a participação organizada da comunidade na segunda fase desse longo processo, da qual resultaram recomendações determinantes para o ensino de graduação. O conjunto de orientações sobre o Ensino de Geologia no Brasil pode ser sintetizado da seguinte forma: (1) recomenda-se o perfil ideal do geólogo definido durante os eventos de Camboriú/SC e o Simpósio de Belo Horizonte/MG como parâmetro básico para mudanças no Ensino de Geologia; (2) deve-se evitar qualquer forma de especialização nos cursos de Geologia; (3) as atividades de campo são essenciais para a formação do geólogo e devem centralizar o Ensino de Geologia, do início ao final do curso; (4) solicita-se ao MEC o custeio das atividades do Centro de Geologia Eschwege; (5) deve haver constante avaliação do ensino pelos professores e alunos dos cursos de Geologia; (6) as entidades do setor devem discutir formas para avaliar e acompanhar o Ensino de Geologia; (7) a comunidade geológica repudia a política educacional do governo, de privatização das Universidades Públicas, e defende que cabe ao MEC manter a pesquisa e o ensino nessas instituições; (8) a comunidade geológica entende que deve haver discussão permanente nas escolas sobre implementação do currículo pleno e metodologia do ensino; (9) os cursos de Geologia devem discutir e contribuir para profunda democratização nas universidades brasileiras.
This contribution of the event “Interfaces Geosciences and Education: 40 years of experience (1973-2013)” has divided the concerns of the geological community in regard to educational issues into three distinct phases. Specifically for the se-cond phase of this process it describes recommendations from the community, which have been decisive for production of a Minimal Curriculum for the Geology courses. The set of guidelines on Teaching of Geology in Brazil can be summarized as follows: (1) the ideal profile of a Geologist, as defined during preceding events (in Camboriu/SC and Belo Horizonte/MG), is the basic parameter for changes in Geology Teaching; (2) any form of specialization courses in Geology should be avoided; (3) field activities are essential for the formation of a geologist and should lead Teaching Geology from the be-ginning to end of a course, (4) MEC is asked to fund the activities of the Eschwege Geology Centre due to its well-known importance at the national level; (5) an evaluation of teaching by teachers and students of Geology should be constant; (6) the organizations related to this sector should discuss ways to evaluate and monitor Teaching of Geology; (7) the geological community repudiates the governmental educational policy, as the privatization of public universities, and argues MEC to maintain research and teaching in these institutions; (8) the geological community believes that there should be ongoing discussion in schools about full implementation of the curriculum and teaching methodology; (9) the Geology courses should discuss and contribute to deeper democratization in Brazilian universities.
