Da (bio)política às biopotências: reflexões sobre as condições atuais das políticas públicas de saúde mental no Brasil
ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste
Da (bio)política às biopotências: reflexões sobre as condições atuais das políticas públicas de saúde mental no Brasil
Autor Correspondente: Esmael Alves de Oliveira | [email protected]
Palavras-chave: saúde mental; álcool e drogas; biopolítica; biopotência.
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O presente artigo apresenta algumas reflexões sobre as condições atuais das políticas públicas de saúde mental no Brasil. O cenário em que nos encontramos, no ano corrente, é de instabilidade em relação a algumas conquistas obtidas ao longo da história pelos trabalhadores e usuários desses serviços. Para fins de análise, e tomando como base as reflexões de Michel Foucault, debruçamo-nos tanto sobre a “Política do Ministério da Saúde para a atenção integral a usuários de álcool e outras drogas” quanto sobre a nota técnica nº 11/2019 intitulada “Nova Saúde Mental”, da Coordenação-Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas. A partir do estudo dessas duas materialidades biopolíticas esperamos evidenciar tanto os mecanismos produtores de “morte e/ou assujeitametos” quanto as diferentes estratégias de mobilização e resistências (biopotências). Desse modo, reverberamos as biopotências e resistências por novas superfícies de registro: por uma sociedade sem manicômios.
Resumo Inglês:
This article presents some reflections on the current conditions of public mental health policies in Brazil. The scenario in which we find ourselves, in the current year, is one of instability in relation to some achievements obtained throughout history by workers and users of these services. For analysis purposes, and based on Michel Foucault's reflections, we focus on both the “Ministry of Health Policy for comprehensive care for users of alcohol and other drugs” and technical note 11/2019 entitled “ New Mental Health ”, of the General Coordination of Mental Health, Alcohol and Other Drugs. From the study of these two biopolitical materialities, we hope to highlight both the mechanisms that produce “death and / or subjugation” and the different strategies of mobilization and resistance (biopowers). In this way, we reverberate the biopowers and resistances for new surfaces of registration: for a society without asylums.
Resumo Espanhol:
Este artículo presenta algunas reflexiones sobre las condiciones actuales de las políticas públicas de salud mental en Brasil. El escenario en el que nos encontramos, en el año en curso, es de inestabilidad en relación con algunos logros obtenidos a lo largo de la historia por los trabajadores y usuarios de estos servicios. Para fines de análisis, y en base a las reflexiones de Michel Foucault, nos centramos tanto en la "Política del Ministerio de Salud para la atención integral a los usuarios de alcohol y otras drogas" como en la nota técnica 11/2019 titulada " Nueva Salud Mental ”, de la Coordinación General de Salud Mental, Alcohol y Otras Drogas. A partir del estudio de estas dos materialidades biopolíticas, esperamos mostrar tanto los mecanismos que producen "muerte y / o subyugación" como las diferentes estrategias de movilización y resistencia (biopoderes). De esta manera, reverberamos los biopoderes y las resistencias para nuevas superficies de registro: para una sociedad sin asilos.
Resumo Francês:
Cet article présente quelques réflexions sur les conditions actuelles des politiques publiques de santé mentale au Brésil. Le scénario dans lequel nous nous trouvons, dans l'année en cours, est celui de l'instabilité par rapport à certaines réalisations obtenues à travers l'histoire par les travailleurs et les utilisateurs de ces services. À des fins d'analyse, et sur la base des réflexions de Michel Foucault, nous nous concentrons à la fois sur la «Politique du ministère de la Santé pour la prise en charge globale des consommateurs d'alcool et d'autres drogues» et la note technique 11/2019 intitulée « New Mental Health », de la Coordination générale de la santé mentale, de l'alcool et des autres drogues. A partir de l'étude de ces deux matérialités biopolitiques, nous espérons mettre en évidence à la fois les mécanismes qui produisent «la mort et / ou l'assujettissement» et les différentes stratégies de mobilisation et de résistance (biopouvoirs). De cette façon, nous répercutons les biopouvoirs et résistances pour de nouvelles surfaces d'enregistrement: pour une société sans asiles.
