O autor examina o problema da cientificidade da Pedagogia (Educação), que é o mesmo de qualquer ciência: o da validade da indução, cuja solução é admitir a eficácia das regras do modus tollens. Estas regras não solucionam por inteiro o problema da validação da inferência indutiva, pois as premissas de seu silogismo sustentam-se em modelos, os quais são objetos de disputas resolvidas por negociações de seus significados. Essas negociações ocorrem nas situações sociais retórica e dialética, das quais resultam os conhecimentos organizados para fins de exposição (didascália). Para o autor, as técnicas retóricas, dialéticas e lógicas (analÃticas) constituem, em conjunto, as condições necessárias, ainda que insuficientes, para a produção e exposição de conhecimentos cientÃficos. Recorda que há dois tipos de ciências: as construtivas e as reconstrutivas. As construtivas operam com signos auto referentes e têm por objeto as operações sobre conjunto de signos (lógicas e matemáticas). Enquanto as reconstrutivas partem de comparações para constituÃrem algum modelo, ou metáfora, que permita apreender e explicar o que elas põem como objeto. O autor inclui a Retórica dentre as ciências reconstrutivas e sustenta que esta examina os limites do axioma modal comum à s artes retóricas, educativas e as denominadas poéticas: é possÃvel modificar as crenças, valores e atitudes. O qual é o objeto comum daquelas artes, logo a ciência constituÃda para dele tratar, a Retórica, também é a ciência das práticas educativas.