O presente trabalho tem por objectivo caracterizar a forma como são tratados os custos indirectos nas empresas industriais portuguesas, classificadas pelo Instituto de Apoio à s Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento como PME excelência, para efeitos de valorização dos produtos. Os pressupostos ontológicos e epistemológicos subjacentes a este estudo são compatÃveis com o paradigma de investigação positivista. Foram realizadas entrevistas a responsáveis pela Contabilidade de Gestão de 58 empresas localizadas em 11 Distritos portugueses. A evidência recolhida permite concluir que todas as empresas analisadas utilizam bases de repartição dos custos indirectos que são influenciadas pelo volume de produção. Todas as bases de imputação encontradas são influenciadas pela quantidade produzida de cada produto, o que provoca a sobrevalorização dos produtos com maior volume de produção. Se o custo dos produtos for utilizado para efeitos de tomada de decisão, nomeadamente para determinação do preço de venda ou análise de rendibilidade de cada produto, pode ter implicações estratégicas importantes na empresa, na medida em que os gestores podem conduzir erradamente os recursos para os produtos com menor volume.
This study aims to characterize the way in which some indirect costs in the Portuguese industrial firms, ordered by the Institute of Support to Small and Medium Enterprises and Investment as SMEs excellence, for recovery of products. The ontological and epistemological assumptions underlying this study are consistent with the positivist research paradigm. Interviews were conducted by the responsible Management Accounting from 58 companies located in 11 districts Portuguese. The evidence collected to suggest that all companies analyzed using bases for allocating indirect costs that are infl uenced by the volume of production. All bases of imputation found are infl uenced by much of each product, which causes the overvaluation of the products with higher production volume. If the cost of products is used for decision-making, especially for determining the selling price or profitability analysis of each product, can have important strategic implications in the workplace, to the extent that managers can drive the wrong resources to products with less volume.