Vozes dissonantes no documentário Dundo, memória colonial: embates de narrativas

Intellèctus

Endereço:
Rua São Francisco Xavier, 524, João Lyra Filho, 9º andar, sala 9019B
Rio de Janeiro / RJ
20550-013
Site: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/intellectus/index
Telefone: (21) 2334-2158
ISSN: 16767640
Editor Chefe: Marieta Pinheiro de Carvalho
Início Publicação: 31/05/2002
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

Vozes dissonantes no documentário Dundo, memória colonial: embates de narrativas

Ano: 2023 | Volume: 22 | Número: 1
Autores: Márcio Aurélio Recchia
Autor Correspondente: Márcio Aurélio Recchia | [email protected]

Palavras-chave: Cinema, Memória Colonial, Colonialismo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo visa analisar algumas das memórias acerca do período colonial português no documentário Dundo, memória colonial (2009), da documentarista portuguesa Diana Andringa. Nascida em 1947 no Dundo, Angola, então colônia portuguesa, ela se muda para Portugal com sua família aos onze anos de idade. O documentário aborda o seu retorno à sua terra natal cinquenta anos mais tarde, na companhia de sua filha. As lembranças de infância de Andringa divergem da realidade local, além de serem contrastadas por relatos de angolanos que viveram sob o jugo do regime colonial. A análise parte do pressuposto teórico de que todo filme é um objeto de estudo independente, portanto, que vai além das escolhas e intenções de seu realizador (FERRO, 1995), como pretendemos demonstrar neste artigo.



Resumo Inglês:

This article aims to analyze some of the memories about the Portuguese colonial period in the documentary Dundo, colonial memory (2009), by Portuguese documentary filmmaker Diana Andringa. Born in 1947 in Dundo, Angola, then a Portuguese colony, she moves to Portugal with her family at the age of eleven. The documentary addresses her return to her homeland fifty years later, in the company of her daughter. Andringa's childhood memories diverge from the local reality, in addition to being contrasted by accounts of Angolans who lived under the yoke of the colonial regime. The analysis starts from the theoretical assumption that every film is an independent object of study, therefore, going beyond the choices and intentions of its director (FERRO, 1995), as we intend to demonstrate in this article.