VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A ALFABETIZAÇÃO

Edição Março 2024

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ISSN: 2596-3309
Editor Chefe: Profª Dra. Adriana Alves Farias
Início Publicação: 19/03/2024
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A ALFABETIZAÇÃO

Ano: 2024 | Volume: 6 | Número: 3
Autores: MARIA APARECIDA FERREIRA
Autor Correspondente: MARIA APARECIDA FERREIRA | [email protected]

Palavras-chave: Criança;Tratamento; Violência.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O infanticídio é um dos atos mais violentos praticados contra as crianças e aceite na antiguidade 
por razões religiosas ou disciplinares. As tribos Tamala de Madagáscar sacrificavam a criança 
nascida num dia mau para proteger a família; os egípcios ofereceram uma menina ao rio Nilo para 
que fertilizasse melhor a colheita anual; na Grécia e em Roma foram eliminadas crianças doentes e 
malformadas; enquanto na China, jogar o quarto filho às feras constituía um método de controle de 
natalidade. Associado a essas práticas, o castigo físico foi e ainda é utilizado como método educativo 
e disciplinar. O Direito Romano conferia ao pater famili direitos de vida ou morte sobre seus filhos, 
podendo vendê-los, matá-los, puni-los ou abandoná-los à vontade, construindo a família sobre 
bases de poder e força. Com o cristianismo ocorre uma mudança conceitual quando os filhos são 
concebidos como enviados de Deus, invertendo os princípios morais da família, e a parentalidade 
passa a conceder mais deveres do que direitos, até Santo Agostinho, com sua imagem distorcida 
da criança como um ser imperfeito e malévolo, influenciou significativamente a educação do Século 
XVII, tornando os castigos corporais indispensáveis no tratamento das crianças. Só no século XVIII 
é que a criança como pessoa foi novamente revalorizada com base na sua importância económica 
como força de trabalho na Revolução Industrial, ignorando o aspecto humanitário da questão.