Este artigo analisa as atividades dos países do BRICS no campo da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (CID) por meio de uma análise comparativa. Na última década, ocorreram mudanças neste regime na medida em que países em desenvolvimento passaram a assumir papel destacado nesta área historicamente dominada pelos doadores tradicionais. Dentre estes novos atores, os BRICS merecem atenção especial. Ao combinar metodologia descritiva e comparativa, nós analisamos as convergências e divergências entre estes países quanto às suas práticas de CID. Em particular, tentamos responder à seguinte questão: “Como os países do BRICS têm atuado no campo da CID na última década? Analisamos esta variável por meio de quatro dimensões analíticas: i) contexto histórico; ii) contexto geopolítico; iii) contexto institucional; e iv)contexto doméstico político. Os achados gerais sugerem que embora as políticas do BRICS de CID apresentem algumas semelhantes, manifestam, por outro lado, importantes diferenças, sobretudo com relação ao montante e escopo dos receptores, a aderência às diretrizes da DAC/OCDE, e as terminologias utilizadas.
This paper analyzes the BRICS countries’ activities in the International Development Cooperation (IDC) field through a comparative analysis. In the last decade, some changes have occurred in the IDC landscape as developing countries started to assume a prominent role in a topic historically dominated by traditional donors. Among these new players, the BRICS deserve special attention. Using a descriptive and comparative methodology, we analyze the convergences and divergences among these countries regarding their IDC practices. In particular, we addressed the following question: How have the BRICS countries performed in the IDC field in the last decade? To do so, we analyzed this variable through four analytical dimensions i) historical context, ii) geopolitical context, iii) institutional context, and iv) domestic policy context. The general findings suggest that although their IDC policies present some commonalities, they also manifest important differences, especially regarding the amount and scope of recipients, and adherence to DAC/OECD guidelines and terminologies.