Tendência das taxas de detecção de hanseníase em jovens de 10 a 19 anos de idade nas Regiões de Integração do estado do Pará, Brasil, no período de 2005 a 2014

Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS)

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ISSN: 2176-6223
Editor Chefe: Isabella M. A. Mateus
Início Publicação: 02/01/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Tendência das taxas de detecção de hanseníase em jovens de 10 a 19 anos de idade nas Regiões de Integração do estado do Pará, Brasil, no período de 2005 a 2014

Ano: 2017 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: Dilma Costa de Oliveira Neves, Cláudia Daniela Tourão Ribeiro, Larissa Ernesto Santos e Santos, Diana da Costa Lobato
Autor Correspondente: Dilma Costa de Oliveira Neves | [email protected]

Palavras-chave: Hanseníase, Epidemiologia Descritiva, Criança, Adolescente

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

INTRODUÇÃO: A ocorrência de hanseníase em jovens pode representar a fragilidade do controle da doença e a permanência de sua endemicidade. OBJETIVO: Analisar a tendência da taxa de detecção da hanseníase em jovens de 10 a 19 anos de idade, nas Regiões de Integração do estado do Pará, Brasil, no período de 2005 a 2014. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo ecológico exploratório baseado em coleta de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação armazenados no Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará. Foram analisadas 7.606 notificações de hanseníase em jovens, considerando as variáveis: sexo, raça/cor, idade, escolaridade, gravidez, município de residência, ano do diagnóstico da doença, forma clínica e classificação operacional. RESULTADOS: As maiores proporções de casos novos ocorreram nas regiões Carajás (14,23%) e Metropolitana (14,07%). As maiores taxas de detecção foram observadas nas regiões: Metropolitana (389,0/100.000), Lago Tucuruí (259,2/100.000) e Carajás (196,7/100.000). As maiores reduções no número de casos novos ocorreram nas regiões Araguaia (69,5%), Lago Tucuruí (67,9%) e Baixo Amazonas (65,6%). Quanto aos perfis clínico e sociodemográfico, os mais prevalentes foram: sexo masculino; raça/cor parda; ensino fundamental incompleto; jovens não grávidas; forma clínica indeterminada; e classificação operacional paucibacilar. Houve superioridade proporcional da forma clínica dimorfa entre as multibacilares, em comparação à proporção da forma indeterminada entre as paucibacilares. CONCLUSÃO: Considera-se que o estado do Pará ainda se encontra distante de uma evolução favorável no controle da hanseníase entre os jovens, por isso são necessárias estratégias que tornem eficazes as ações de controle da doença.



Resumo Inglês:

INTRODUCTION: The occurrence of leprosy in youngs may represent the weakness of disease control and the permanence of its endemicity. OBJECTIVE: To analyze the tendency of detection rate of leprosy in youngs from 10 to 19 years old in the Regions of Integration of Pará State, Brazil, from 2005 to 2014. MATERIALS AND METHODS: Exploratory ecological study based on data collection from the Information System on Diseases of Compulsory Declaration stored in Department of Epidemiology of Secretaria de Estado de Saúde Pública of Pará State. The study analyzed 7,606 reports of leprosy in youngs, considering the following variables: sex, race/color, age, schooling, pregnancy, municipality of residence, year of disease diagnosis, clinical form and operational classification. RESULTS: The largest proportions of new cases occurred in Carajás (14.23%) and Metropolitana (14.07%) regions. The highest detection rates were observed in the regions: Metropolitana (389.0/100,000), Lago Tucuruí (259.2 /100,000), and Carajás (196.7/100,000). The greatest reductions in the number of new cases occurred in Araguaia (69.5%), Lago Tucuruí (67.9%), and Baixo Amazonas (65.6%) regions. Relating to clinical and sociodemographic profiles, the most prevalent were: male gender; race/brown skin; incomplete elementary school; non-pregnant youngs; indeterminate clinical form; and paucibacillary operational classification. There was a proportional superiority of the dimorphic clinical form among the multibacillary comparing to the proportion of the indeterminate form among the paucibacillary. CONCLUSION: Pará State is still considered far from a favorable evolution in the leprosy control among youngs, so it is necessary strategies that make effective actions of disease control.