REPRESENTAÇÕES DE FLORESTAS: A INDÚSTRIA E OS CONFLITOS DE RACIONALIDADES PRESENTES NA REVISTA O PAPEL DURANTE O PERÍODO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL (1939-1965)

Ideação

Endereço:
Av. Tarquínio Joslin dos Santos, 1300
FOZ DO IGUAçU / PR
Site: http://e-revista.unioeste.br/index.php/ideacao
Telefone: (45) 3576-8118
ISSN: 15186911
Editor Chefe: Fernando José Martins
Início Publicação: 31/12/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

REPRESENTAÇÕES DE FLORESTAS: A INDÚSTRIA E OS CONFLITOS DE RACIONALIDADES PRESENTES NA REVISTA O PAPEL DURANTE O PERÍODO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL (1939-1965)

Ano: 2019 | Volume: 21 | Número: 1
Autores: Jamerson de Sousa Costa
Autor Correspondente: Jamerson de Sousa Costa | [email protected]

Palavras-chave: história ambiental; natureza; florestas; indústrias; representações

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

: Esta pesquisa objetiva reconhecer e analisar quais são as representações de florestas, presentes na revista O Papel, publicação editada desde 1939 até a atualidade, e que pretende expressar os interesses da indústria de produção de celulose, papel e produtos correlacionados. Foi analisado o período de 1939 a 1965, marcado pela industrialização do Brasil, iniciada pelas mudanças promovidas pelo primeiro governo do presidente Getúlio Vargas, quando o foco da economia passou de agrário a industrial. O período se encerra nos momentos que antecederam os quase 20 anos de governos civilmilitares, marcados como uma época distinta daquelas que a precederam e que a sucederam. Os resultados apontam para a hegemonia da representação de florestas como fontes de recursos e serviços, que podem se tornar “mais produtivas” por meio da intervenção humana. A partir da historiografia e do referencial teórico-metodológico empregado, fundamentado na História Ambiental, observamos que esse tipo de representação está baseado na hiper valorização da técnica e da economia de mercado, e afeta de muitas maneiras a deliberação sobre como agir a respeito da natureza, de forma a incluí-la ou a retirá-la da história.



Resumo Inglês:

Esta investigación tiene como objetivo reconocer y analizar las representaciones de los bosques, presentes en la revista O Papel, una publicación publicada desde 1939 hasta el presente, y cuyo objetivo es expresar los intereses de la industria de producción de pulpa, papel y productos relacionados. Se analizó el período de 1939 a 1965, marcado por la industrialización de Brasil, iniciada por los cambios promovidos por el primer gobierno del presidente Getúlio Vargas, cuando el enfoque de la economía cambió de agrario a industrial. El período termina en los momentos que precedieron a los casi 20 años de gobiernos civiles y militares, marcados como un período distinto de los que precedieron y seguieron. Los resultados apuntan a la hegemonía de la representación de los bosques como fuentes de recursos y servicios, que pueden volverse “más productivos” a través de la intervención humana. A partir de la historiografía y el marco teórico-metodológico empleado, basado en la Historia Ambiental, observamos que este tipo de representación se basa en la sobrevaloración de la técnica y la economía de mercado, y afecta de muchas maneras la deliberación sobre cómo actuar con respecto a la naturaleza, para incluirlo o eliminarlo de la historia.