Política, gênero e religião no Paquistão: identidades em debate

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ISSN: 2176-0985
Editor Chefe: Sandra Duarte de Souza
Início Publicação: 01/02/1994
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia

Política, gênero e religião no Paquistão: identidades em debate

Ano: 2019 | Volume: 25 | Número: 1
Autores: F. Shaheed
Autor Correspondente: F. Shaheed | [email protected]

Palavras-chave: Paquistão, religião, islã, direitos das mulheres, discriminações, violências, público, privado

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No Paquistão, as forças não religiosas assim como as forças político-religiosas instrumentalizam cada vez mais o Islã em seu próprio benefício. Isto explica a crescente influência da religião e seu entrelaçamento com a nação em si mesma. A mudança de paradigma devida à lei marcial, sob Zia, deu ocasião ao surgimento de milícias religiosas e grupos desse tipo na sociedade civil. Mostrando que esta não é sempre uma entidade progressista, o artigo examina o impacto, variável segundo o seu estatuto social, da fusão entre religião e política para as mulheres, transformadas em marcadores identitários das posições conquistadas na corrida pelo poder. Ele conclui que, uma vez que implica em mudança nas relações de poder, a igualdade entre os sexos não poderia não poderia advir sem uma luta tenaz para criar saber, cultura e identidade.



Resumo Francês:

Au Pakistan, des forces non religieuses, tout comme les forces politico-religieuses, instrumentalisent de plus en plus l’islam à leur profit. Cela explique l’influence croissante de la religion et son intrication avec la nation même. Le changement de paradigme dû à la loi martiale, sous Zia, a donné naissance à des milices religieuses et à des groupes du même cru dans la société civile. Montrant que celle-ci n’est pas toujours une entité progressiste, l’article examine l’impact variable, selon le statut social, de la fusion entre religion et politique pour les femmes, transformées en marqueurs identitaires des positions conquises dans la course au pouvoir. Il conclut que l’égalité des sexes, impliquant un changement des rapports de pouvoir, ne saurait advenir sans une lutte acharnée pour créer du savoir, de la culture et de l’identité.