Perfil clínico e sociodemográfico de pacientes acometidos por ferroadas de arraias e terapêuticas aplicadas

Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS)

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ISSN: 2176-6223
Editor Chefe: Isabella M. A. Mateus
Início Publicação: 02/01/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Perfil clínico e sociodemográfico de pacientes acometidos por ferroadas de arraias e terapêuticas aplicadas

Ano: 2021 | Volume: 12 | Número: 1
Autores: Isabor Locatelli Fernandes da Cunha, Isadora Coelho Guimarães, Bárbara Fontinele Castro de Araújo, Mariana do Prado Borges, Itamar Gonçalves Magalhães, Lorena Dias Monteiro
Autor Correspondente: Lorena Dias Monteiro | [email protected]

Palavras-chave: Animais Venenosos, Epidemiologia, Terapêutica

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVOS: Caracterizar o perfil clínico e sociodemográfico dos pacientes e as terapêuticas aplicadas em traumas por ferroadas de arraias em Palmas, estado de Tocantins, Brasil, de 2018 a 2019. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo descritivo e quantitativo com dados de 189 prontuários eletrônicos de pacientes atendidos por médicos nas Unidades de Pronto Atendimento de Palmas. Foram investigadas variáveis sociodemográficas e clínicas. A análise dos dados foi realizada no programa Stata 11, e os resultados apresentados em tabelas e gráficos. RESULTADOS: Houve predomínio do sexo masculino (75,66%), faixa etária entre 21 e 50 anos (69,31%) e raça/cor de pele parda (48,15%). Os acidentes ocorreram predominantemente nos meses de junho a setembro (46,56%) e em moradores do Plano Diretor Sul (22,75%). A procura por atendimento em até 24 h ocorreu em 61,91% dos casos. Houve domínio de sinais e sintomas locais (91,53%) e classificação de risco amarela (61,38%) pelo Protocolo de Manchester. Apresentaram complicações 17,46% dos pacientes, e 7,41% geraram encaminhamentos. As terapêuticas mais empregadas foram os analgésicos locais e sistêmicos, incluindo opioides (61,90%), anti-inflamatórios (61,38%) e antibióticos (59,26%). CONCLUSÃO: A maioria dos acidentes causados por arraias ocorrereu no período de estiagem. A predominância de casos em moradores do Plano Diretor Sul coincide com a maior disponibilidade de praias e banhos nessa região. Esses dados reportam a necessidade de educação em saúde para banhistas, pescadores e populações expostas, bem como a necessidade de protocolos específicos e profissionais treinados para o manejo dessa condição nos serviços de saúde.



Resumo Inglês:

OBJECTIVES: To characterize the clinical and sociodemographic profile of patients and treatments applied to trauma caused by stingrays in Palmas, Tocantins State, Brazil, from 2018 to 2019. MATERIALS AND METHODS: Descriptive and quantitative study with data from 189 electronic medical records of patients seen by medical professionals in the Emergency Care Units of Palmas. Sociodemographic and clinical variables were investigated. Data analysis was performed using the Stata 11 software, and the results were presented in tables and graphs. RESULTS: There was a predominance of males (75.66%), age group between 21 and 50 years (69.31%), and brown skin color (48.15%). The accidents occurred predominantly from June to September (46.56%) and in residents of the Plano Diretor Sul neighborhood (22.75%). The search for medical assistance within 24 h occured in 61.91% of cases. Local signs and symptoms (91.53%) and yellow risk classification (61.38%) by the Manchester Protocol also stood out. Complications were reported for 17.46% of patients, and 7.41% were referred. The most used therapies were local and systemic analgesics, including opioids (61.90%), anti-inflammatory drugs (61.38%), and antibiotics (59.26%). CONCLUSION: The accidents caused by stingrays occurred mostly during the dry season. The predominance of accidents among residents of the Plano Diretor Sul coincides with the greater availability of beaches and baths in this region. These data report the need for health education for bathers, fishers, and exposed populations and the need for specific protocols and trained professionals to manage this condition in health services.