A participação da sociedade civil na democratização do setor de saúde no Brasil

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA

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Início Publicação: 31/08/1977
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

A participação da sociedade civil na democratização do setor de saúde no Brasil

Ano: 2013 | Volume: 37 | Número: 2
Autores: C. V. Silva, D. F. L. Silva, E. M. Souza
Autor Correspondente: C. V. Silva | [email protected]

Palavras-chave: participação, democratização, conselhos de saúde

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este ensaio apresenta a trajetória da participação da sociedade civil brasileira nas conquistas do setor de saúde no período da redemocratização política no País. Autores como Carvalho2, Fleury3 Paim7 e Gerschman6 auxiliam a compreensão desse caminho. Pretende-se demonstrar a importância dos movimentos sociais da saúde e suas diferentes relações com o Estado brasileiro com vista à institucionalização dos Conselhos de Saúde. Como alternativa fundamental para a concretização da democracia participativa, os avanços práticos dos mecanismos de controle social desses colegiados ainda são bastante limitados. Os autores concluem que há um verdadeiro esvaziamento político na maioria dos Conselhos de Saúde, com práticas ainda marcadas pelo passado de legitimação do poder dominante. O papel exercido outrora pelos movimentos sociais e populares de formação de conselheiros encontra-se cada vez mais distante da população, institucionalizado na representação de um controle social ainda aparentemente "figurativo". Diante da realidade vivenciada neste e em outros estudos, questiona-se a atuação dos Conselhos de Saúde como espaço público democrático



Resumo Inglês:

This study shows the trajectory of the contribution of Brazilian civil society to the milestones achieved by the Brazilian health sector during the country's re-democratization. Authors such as Carvalho2, Fleury3, Paim7 and Gerschman6 facilitate an understanding of the transition. The study aims to demonstrate the importance of social movements in the health field and their various relations with the Brazilian state with the view of institutionalizing Health Councils. As a fundamental alternative in the realization of a participatory democracy, the practical advances made by the social control mechanisms in these councils remain very limited. The authors conclude that most Health Boards experience a real drain of policies with practices still marked by the past's legitimizing of the dominant power. The role once played by social and popular movements for the training of counselors has become increasingly distant from the population, and institutionalized in the representation of a Social Control which is still apparently "figurative". In light of this reality uncovered in this study and in others, these Health Councils' role as a democratic public space must be questioned.