Revista Brasileira de Psicoterapia

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Editor Chefe: Ana Margareth Siqueira Bassols
Início Publicação: 30/06/1999
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Medicina

O Home office na pandemia do Covid19 e os impactos na saúde mental

Ano: 2021 | Volume: 23 | Número: 2
Autores: P.P.H.L. Falcão, M.F.S. Santos .
Autor Correspondente: P.P.H.L. Falcão, | [email protected]

Palavras-chave: TRABALHO, PANDEMIAS, CORONAVÍRUS, SAÚDE MENTAL

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A pandemia do Covid19 colocou em estado de pânico empregados e empregadores. De modo imperativo, a modalidade home office passou a ser a rotina de milhões de pessoas. A rapidez com que essas mudanças se instalaram parece ter exigido grande adaptação implicando em ajustes laborais, ambientais, familiares, além de precisar dar conta das responsabilidades exigidas no trabalho. O objetivo deste artigo foi compreender se a vivência do home office adotado de forma emergencial na pandemia trouxe impactos para a saúde mental do trabalhador. Para tanto, utilizou-se a abordagem da Teoria das Representações Sociais, numa análise qualitativa, com uso de questionário online e software Iramuteq. Os resultados demonstraram que o trabalhar na pandemia em home office mostrou a presença de uma dialética na vivência dos trabalhadores, e elementos de impacto na saúde mental deles, seja pelo aumento das percepções de estresse, ansiedade, sobrecarga e possíveis adoecimentos, seja pelo sentimento de alívio, refúgio e bem estar. Ambas as percepções tem exigido adaptação e desperta a necessidade de intervenção sobre cuidados com esse público, tanto pelas vias da Saúde Pública como das próprias instituições corporativas através de ações dos recursos humanos e de seus gestores.



Resumo Inglês:

The Covid pandemic19 panicked employees and employers. Imperatively, the home office modality has become the routine of thousands of people. The speed with which these changes took place seems to have required great adaptation, implying labor, environmental and family adjustments, in addition to having to account for the responsibilities required at work. The objective of this article was to understand whether the experience of the home office adopted in an emergency in the pandemic had impacts on the mental health of the worker. For that, the Social Representations Theory approach was used, in a qualitative analysis, using an online questionnaire and Iramuteq software. The results demonstrate that working in the pandemic in the home office showed the presence of a dialectic in the experience of workers, and elements of impact on their mental health, either by the increase in perceptions of stress, anxiety, overload and possible illnesses, or by the feeling of relief, refuge and well-being. Both perceptions have required adaptation and arouse the need for intervention in care for this audience, both through Public Health and corporate institutions themselves through the actions of human resources and their managers.
 



Resumo Espanhol:

La pandemia de Covid19 asustó a empleados y empleadores. De manera imperativa, la modalidad de home office se ha convertido en la rutina de miles de personas. La rapidez con la que se produjeron estos cambios parece haber requerido una gran adaptación, lo que implica ajustes laborales, ambientales y familiares, además de tener que dar cuenta de las responsabilidades exigidas en el trabajo. El objetivo de este artículo fue comprender si la experiencia del Ministerio del Interior adoptado en una emergencia en la pandemia tuvo impactos en la salud mental del trabajador. Para ello, se utilizó el enfoque de la Teoría de las Representaciones Sociales, en un análisis cualitativo, utilizando un cuestionario en línea y el software Iramuteq. Los resultados demuestran que trabajar en la pandemia en el Ministerio del Interior mostró la presencia de una dialéctica en la experiencia de los trabajadores, y elementos de impacto en su salud mental, ya sea por el aumento de las percepciones de estrés, ansiedad, sobrecarga y posibles enfermedades, o por la sensación de alivio, refugio y bienestar. Ambas percepciones han requerido adaptación y suscitan la necesidad de intervención en la atención a este público, tanto a través de la Salud Pública como de las propias instituciones corporativas a través de la actuación de los recursos humanos y sus gestores.