Este trabalho busca investigar de que maneira a imagem de arquivo pode ser considerada como sintoma, portadora de uma memória que lhe é particular, dando espaço a uma montagem de tempos heterogêneos e descontÃnuos, a partir das contribuições de Georges Didi-Huberman. Para tanto, fixamos nossa atenção ao filme “A SaÃda dos Operários da Fábrica†(1995), produzido inteiramente com imagens de arquivo pelo cineasta alemão Harun Farocki. Pensar o arquivo como sintoma significa reivindicar sua fertilidade crÃtica para além dos atributos iconográficos mais evidentes. É a partir do conceito de sintoma, experiência interior da imagem, que Didi-Huberman vai estabelecer o paradoxo do anacronismo ao pensar em um tempo historicamente complexo e impuro que se manifesta nas imagens.