Frequência de rinite e alterações orofaciais em pacientes com má oclusão dentária/ Frequency of rhinitis and orofacial disorders in patients with dental malocclusion

Revista Paulista De Pediatria

Endereço:
Alameda Santos, 211 - 5° andar, Conj. 501/502/511/512
São Paulo / SP
Site: http://www.spsp.org.br
Telefone: (11) 3284-9809
ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Frequência de rinite e alterações orofaciais em pacientes com má oclusão dentária/ Frequency of rhinitis and orofacial disorders in patients with dental malocclusion

Ano: 2016 | Volume: 34 | Número: 2
Autores: T. C. Imbaud, M. C. Mallozi, V. B. Domingos, D. Solé
Autor Correspondente: T. C. Imbaud | [email protected]

Palavras-chave: Rinite, Respiração bucal, Má oclusão, Cefalometria, Bruxismo/ Rhinitis, Oral breathing, Malocclusion, Cephalometry, Bruxism

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Descrever a frequência e etiologia da rinite, da respirac¸ão oral, os tipos de má oclusão
e as alterac¸ões orofaciais em pacientes tratados por má oclusão dentária.
Métodos: Pacientes com má oclusão dentária (n=89, oito a 15 anos) em tratamento ortodôntico
em centro de pós-graduac¸ão em ortodontia (São Paulo, Brasil) participaram do estudo. Rinite
e respirac¸ão oral foram diagnosticadas por anamnese e exame clínico e a etiologia alérgica
dessa por teste cutâneo de hipersensibilidade imediata (TCHI) com aeroalérgenos. Avaliou-se a
relac¸ão entre tipos de respirac¸ão (oral ou nasal), rinite e tipos de má oclusão dentária, bruxismo
e alterac¸ões cefalométricas (aumento do eixo Y de crescimento facial) em comparac¸ão com o
trac¸ado cefalométrico padrão (Escola de Odontologia da Universidade de São Paulo).
Resultados: A frequência de rinite nos pacientes com má oclusão dentária foi de 76,4% (68),
desses 81,7% eram alérgicos (49/60 TCHI positivo) e a frequência de respirac¸ão oral foi de 62,9%.
Houve associac¸ão significativa entre ter o eixo Y de crescimento facial aumentado e respirac¸ão
oral (p<0,001), o mesmo entre respirac¸ão oral e rinite (p=0,009). Não houve associac¸ão entre
rinite e bruxismo.
Conclusões: A frequência de rinite em crianc¸as com má oclusão dentária é superior à da
populac¸ão geral, que gira ao redor de 30%. Os pacientes com respirac¸ão oral têm tendência
de crescimento dólico facial (eixo Y de crescimento aumentado). Nos pacientes com rinite,
independentemente da presenc¸a da respirac¸ão oral, a tendência dólico facial não foi observada



Resumo Inglês:

Objective
To describe the frequency and etiology of rhinitis, oral breathing, types of malocclusion and orofacial disorders in patients treated for dental malocclusion.

Methods
Patients with poor dental occlusion (n=89, 8‐15 years) undergoing orthodontic treatment at the Postgraduate Orthodontics Center (Sao Paulo, Brazil) participated in the study. Rhinitis and oral breathing were diagnosed by anamnesis, clinical assessment and allergic etiology of rhinitis through immediate hypersensitivity skin prick test (SPT) with airborne allergens. The association between types of breathing (oral or nasal), rhinitis and types of dental malocclusion, bruxism and cephalometric alterations (increased Y axis of facial growth) compared to standard cephalometric tracing (Escola de Odontologia da Universidade de São Paulo) were assessed.

Results
The frequency of rhinitis in patients with dental malocclusion was 76.4% (68), and, of these, 81.7% were allergic (49/60 positive skin prick test), whereas the frequency of oral breathing was 62.9%. There was a significant association between an increased Y axis of facial growth and oral breathing (p<0.001), as well as between oral breathing and rhinitis (p=0.009). There was no association between rhinitis and bruxism.

Conclusions
The frequency of rhinitis in children with dental malocclusion is higher than that in the general population, which is approximately 30%. Patients with oral breathing have a tendency to a dolichofacial growth pattern (increased Y axis of facial growth). In patients with rhinitis, regardless of the presence of oral breathing, the dolichofacial growth tendency was not observed.