Experiência do Estudante de Semiologia Médica em Aulas Práticas com o Paciente à Beira do Leito
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
Experiência do Estudante de Semiologia Médica em Aulas Práticas com o Paciente à Beira do Leito
Autor Correspondente: Rilva Lopes de Sousa-Muñoz | [email protected]
Palavras-chave: Educação Médica, CurrÃculo, Ensino.
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O objetivo deste estudo foi identificar as percepções de estudantes de Medicina que cursaram a disciplina
de Semiologia Médica em relação ao contato com os pacientes à beira do leito em aulas práticas
no Hospital Universitário Lauro Wanderley, da Universidade Federal da ParaÃba. Pesquisa observacional
e descritiva com entrevistas por meio de autoaplicação de questionário semiestruturado elaborado
pelos autores e pré-testado. Participaram do estudo 105 alunos com idade entre 20 e 24 (21 ± 1,1)
anos, 56,2% do sexo masculino. A grande maioria declarou dificuldade na abordagem clÃnica inicial
do doente (89/84,8%) e 72 (68,6%) referiram insegurança ou medo. Houve aumento de respostas positivas
em momentos posteriores da disciplina, porém 34,3% ainda reportaram sentimentos negativos.
Observou-se maior constrangimento no questionamento do paciente sobre temas mais Ãntimos por
alunos do sexo masculino. Esses achados reforçam a necessidade de valorizar questões éticas, humanÃsticas
e psicopedagógicas no inÃcio da graduação nas escolas médicas.
Resumo Inglês:
This study focused on the perceptions of medical students in the course on Clinical Examination in
relation to contact with patients during bedside practical classes at the Lauro Wanderley University
Hospital, Federal University in ParaÃba, Brazil. The observational and descriptive study included a
self-applied semi-structured questionnaire prepared and pretested by the authors. The study sample
included 105 medical students ranging from 20 to 24 years of age (21 ± 1.1), 56.2% of whom were
males. The vast majority (89, or 84.8%) reported difficulty in their initial clinical approach to patients,
and 72 (68.6%) reported insecurity or fear. There was an increase in positive responses at later
moments during the course, but 34.3% still reported negative feelings. Male students were more
embarrassed when asking patients about intimate matters. These findings highlight the need to value
ethical, humanistic, and psychopedagogical issues during undergraduate medical training.