Elogio da materialidade perceptiva das imagens: coexistência, hibridação e ultrapassamentos ontológicos (filme vs vídeo)

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ISSN: 1807-8583
Editor Chefe: Basílio Sartor / Suely Fragoso
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Comunicação

Elogio da materialidade perceptiva das imagens: coexistência, hibridação e ultrapassamentos ontológicos (filme vs vídeo)

Ano: 2016 | Volume: 0 | Número: 36
Autores: Benjamin Leon
Autor Correspondente: Benjamin Leon | [email protected]

Palavras-chave: intencionalidade, pensamento visual, rudolph arnheim, percepção, cinema.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo do artigo é discutir a questão da intencionalidade perceptiva como condição essencial para compreender o cinema, não só em suas diferenças ou oposições de gêneros (ficção ou experimental) e de regime de imagens (analógica e digital), mas também em suas possibilidades hibridas de fusão entre filme e vídeo. Mais do que interrogar o cinema como um campo estrito, o estudo trata de recolocar o cinema em suas migrações (suporte, espaço e ambiente perceptivo). A partir do conceito de “pensamento visual”, desenvolvido por Rudolph Arnheim, torna-se possível (re)colocar em primeiro plano o desejo, e a potência intencional em presença na imagem em movimento. Olhamos o mundo como olhamos um filme? Ou seria o inverso? De quais maneiras uma leitura perceptiva e fenomenológica da arte e, particularmente, do cinema, em suas diferenças, coloca a questão do ser e da aparência?



Resumo Francês:

Je souhaite poser ici la question de l’intentionnalité perceptive comme essentielle pour comprendre le cinéma, moins dans ses différences ou oppositions de genres (fiction ou expérimental) de régimes d’images (analogique et digital) que dans les possibilités hybrides de fusion entre les médiums (film et vidéo). Plutôt que d’interroger le cinéma dans son champ restrictif, il s’agit ici de replacer le cinéma dans ses migrations (support, espace, environnement perceptif). À partir du concept de “pensée visuelle” développé par Rudolph Arnheim, il demeure possible de (re)mettre en avant le désir et la puissance intentionnelle en présence dans l’image en mouvement. Regarde-t-on le monde comme on regarde un film? Où est-ce l’inverse? De quelles façons une lecture perceptive et phénoménologique de l’art et plus particulièrement du cinéma – dans ses différences – pose la question de l’être et de l’apparence ?