Cinema e contraluz: limiares da repressão na cultura midiática argentina

Revista Galáxia

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ISSN: 1519311X
Editor Chefe: José Luiz Aidar Prado
Início Publicação: 31/05/2001
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Comunicação

Cinema e contraluz: limiares da repressão na cultura midiática argentina

Ano: 2014 | Volume: 0 | Número: 28
Autores: SERELLE, Márcio
Autor Correspondente: SERELLE, Márcio | [email protected]

Palavras-chave: Cinema argentino; totalitarismo; cultura midiática; narrativa

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Resumo Português:

Este artigo busca examinar em filmes argentinos (notadamente Valentín, Kamchatka e O segredo dos seus olhos) o procedimento da contraluz, entendido como um modo de composição narrativa em que eventos relacionados a ditaduras e outras formas de repressão movem-se no escuro, porém atuando agudamente sobre a trajetória das personagens.A partir de uma breve recuperação do movimento de internacionalização da cinematografia argentina, que, já em meados de 1980, articula estruturas dramáticas convencionaise denúncia política, pretende-se analisar o modo como parte do cinema deste século representa a violência de estados autoritários. Seja pelo investimento imaginativo, pela metalinguagem ou pela alegoria, essas narrativas renunciam às imagens explícitas da violência dos aparatos repressores e engendram dramaturgias de grande eficácia comunicacional. Coloca-se, assim, em discussão, a capacidade reflexiva desses filmes no que se refere às relações entre o ficcional, o midiático e o social.