Caracterização molecular de Escherichia coli enteropatogênica atípica em animais silvestres capturados na Região Amazônica

Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS)

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ISSN: 2176-6223
Editor Chefe: Isabella M. A. Mateus
Início Publicação: 02/01/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Caracterização molecular de Escherichia coli enteropatogênica atípica em animais silvestres capturados na Região Amazônica

Ano: 2017 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: Daniela Cristiane da Cruz Rocha, Anderson Nonato do Rosario Marinho, Schirley Dias dos Santos, Edvaldo Carlos Brito Loureiro
Autor Correspondente: Daniela Cristiane da Cruz Rocha | [email protected]

Palavras-chave: Escherichia coli Enteropatogênica Atípica (aEPEC), Animais Silvestres, Reservatórios, Diversidade Genética

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO: Identificar animais silvestres como reservatórios de Escherichia coli enteropatogênica atípica (aEPEC). MATERIAIS E MÉTODOS: Foram pesquisados os fatores de virulência de aEPEC (eae e bfp) em 263 amostras de E. coli isoladas de 260 animais silvestres capturados em três municípios do estado do Pará (Marabá, Parauapebas e Canaã dos Carajás), de março de 2008 a dezembro de 2009. Os métodos de pesquisa aplicados foram a reação em cadeia da polimerase, utilizando primers específicos, seguida do sequenciamento do gene eae. RESULTADOS: Dentre as 263 amostras de E. coli avaliadas, foram observadas 3,04% (8/263) como aEPEC, com 2,66% (7/263) em roedores e 0,4% (1/263) em marsupiais. Dentre as amostras analisadas, observou-se a presença de quatro variantes de intimina: β1 (amostras 574, 812 e 813), β2 (amostra 630), ζ (amostras 445 e 447) e ε (amostras 611 e 856). Após análise filogenética pelo método de agrupamento de pares não ponderados com base na média aritmética, foi obtida a árvore consenso que apresentou a formação de dois grupos: o primeiro composto por KT591282.1, ε1 intimina (611 e 856) com KT591233.1, β1 intimina (574, 812 e 813); e o segundo por KT591325.1, ζ intimina (445 e 447) com KT591333.1, β2 intimina (630). CONCLUSÃO: Os dados demonstraram que as aEPEC isoladas dos animais silvestres possuíam características genéticas semelhantes às observadas em humanos, podendo os animais analisados estarem servindo de reservatório para as aEPEC circulantes.



Resumo Inglês:

OBJECTIVE: Identifying wild animals as reservoirs of atypical enteropathogenic Escherichia coli (aEPEC). MATERIALS AND METHODS: aEPEC virulence factors (eae and bfp) were investigated in 263 E. coli samples isolated from 260 wild animals captured in three municipalities of Pará State, Brazil (Marabá, Parauapebas and Canaã dos Carajás), from March 2008 to December 2009. The applied research methods were polymerase chain reaction, using specific primers, followed by the eae gene sequencing. RESULTS: Among the 263 E. coli samples evaluated, 3.04% (8/263) as aEPEC were observed, with 2.66% (7/263) in rodents and 0.4% (1/263) in marsupials. In the analyzed samples were observed four intimin variants: β1 (samples 574, 812, and 813), β2 (sample 630), ζ (445 and 447 samples), and ε (samples 611 and 856). After the phylogenetic analysis by the unweighted pair group method with arithmetic mean, the consensus tree was obtained presenting the formation of two groups: the first one composed by KT591282.1, intimin ε1 (611 and 856) with KT591233.1, intimin β1 (574, 812, and 813); and the second one by KT591325.1, intimin ζ (445 and 447) with KT591333.1, intimin β2 (630). CONCLUSION: Data showed that aEPEC isolated from wild animals had genetic characteristics similar to those observed in humans, and the animals analyzed may serve as reservoirs for circulating aEPEC.