Avaliação da qualidade da água de nascentes da Bacia do Arroio Andréas, RS, Brasil, com base em ensaios ecotoxicológicos e genotoxicológicos com Daphnia magna (Straus, 1820)

Caderno de Pesquisa

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ISSN: 1677-5600
Editor Chefe: Andreas Köhler
Início Publicação: 31/12/2000
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Agronomia, Área de Estudo: Biologia geral, Área de Estudo: Bioquímica, Área de Estudo: Botânica, Área de Estudo: Ecologia, Área de Estudo: Zoologia, Área de Estudo: Zootecnia

Avaliação da qualidade da água de nascentes da Bacia do Arroio Andréas, RS, Brasil, com base em ensaios ecotoxicológicos e genotoxicológicos com Daphnia magna (Straus, 1820)

Ano: 2018 | Volume: 30 | Número: Especial
Autores: D. C. Moura, F. M. Taques, A. Rieger, E. A. Lobo
Autor Correspondente: E. A. Lobo | [email protected]

Palavras-chave: teste ecotoxicológico, ensaio cometa, daphnia magna, Bacia do Arroio Andreas, RS

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A avaliação convencional da qualidade da água é realizada medindo variáveis físico-químicas e microbiológicas, no entanto outras metodologias podem ser empregadas, como ensaios de ecotoxicidade e genotoxicidade. Assim, esta pesquisa objetivou avaliar a qualidade da água de nascentes da Bacia do Andréas, RS, utilizando o enfoque convencional, bem como ensaios ecotoxicológicos e genotoxicológicos, usando o Ensaio Cometa (EC) com o organismo-teste Daphnia magna. Foram avaliadas amostras de água de 19 nascentes na bacia, em setembro de 2015. As variáveis medidas foram: temperatura, pH, turbidez, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, nitratos, fosfato, sólidos totais dissolvidos e coliformes termotolerantes. O teste ecotoxicológico seguiu a norma brasileira NBR-12713, e para o teste genotoxicológico, aplicou-se o EC. Comparações foram feitas utilizando a prova estatística de Mann-Whitney com α = 5%. Os resultados ecotoxicológicos indicaram que nenhuma amostra foi classificada como tóxica, enquanto que os genotoxicológicos indicaram toxicidade em 47,4% das amostras. Entretanto, considerando as análises convencionais, essas amostras foram classificadas como classes de uso 1 ou 2 do CONAMA, resolução 357/2005, consideradas de boa qualidade. Esses resultados destacam a importância de testes genotoxicológicos como ferramenta complementar na avaliação da qualidade da água, já que detecta alterações mesmo em águas consideradas de boa qualidade.



Resumo Inglês:

Conventional water quality evaluation is made by measuring physico-chemical and microbiological variables; however, other methodologies may be employed, such as ecotoxicity and genotoxicity assays. Thus, this study aimed at evaluating the water quality in headsprings in the Andreas Basin, RS, using the conventional approach, as well as ecotoxicological and genotoxicological tests, using the Comet Assay (EC) with the test-organism Daphnia magna. Water samples from 19 springs in the basin were evaluated, in September 2015. The variables measured were: temperature, pH, turbidity, dissolved oxygen, biochemical oxygen demand, nitrate, phosphate, dissolved total solids and faecal coliforms. The ecotoxicological test with D. magna followed the Brazilian standard NBR-12713, while for genotoxicity test; the EC was applied. Comparisons were made using the statistical Mann-Whitney test with α = 5%. The ecotoxicological results indicate that no samples were classified as toxic, instead the genotoxicological ones indicated genotoxicity in 47.4% of the samples. However, considering the results of the conventional analyzes, these samples were classified as use classes 1 or 2 of CONAMA, resolution 357/2005, being considered of good quality. These results highlight the importance of the use of genotoxicological tests as a complementary tool for evaluating water quality, since it detects alterations even in waters considered of good quality.