AGROTÓXICOS COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA NO TRIÊNIO DE 2006 A 2008

Revista De Ciências Agro-ambientais

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ISSN: 16791509
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 30/06/2002
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Agronomia

AGROTÓXICOS COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA NO TRIÊNIO DE 2006 A 2008

Ano: 2011 | Volume: 9 | Número: 2
Autores: J.R.R. da Silva, L.F.C Ribeiro, V. de F. Rocha, L. de P. Meira
Autor Correspondente: J.R.R. da Silva | [email protected]

Palavras-chave: insumos Agropecuários, agrotóxicos, mercado de insumos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A indústria de agrotóxicos no Brasil, com freqüência, repete o argumento de que a
aplicação desses insumos é necessária para aumentar a produção de alimentos que acabará com a
fome e consequentemente com a desigualdade social predominante nos países do terceiro mundo.
A larga e indiscriminada utilização de agrotóxicos resulta no desenvolvimento de resistências das
pragas aos princípios ativos, principalmente depois de serem expostas repetidas vezes ao mesmo
pesticida ou a dosagens inadequadas. A conseqüência dessa resistência é a necessidade do uso
de maior variedade e de maior quantidade dos produtos. O aumento do consumo leva a uma
expansão dos riscos a ele inerentes, fazendo com que populações não diretamente vinculadas com
a cadeia produtiva dessas substâncias também se exponham em função da contaminação
ambiental e dos alimentos, tornando a problemática do agrotóxico uma questão ainda mais grave a
saúde pública. Este estudo teve como objetivo identificar e classificar os principais agrotóxicos
comercializados na cidade de Alta Floresta e região. Foram levantados 193 agrotóxicos, sendo que
39% são da classe inseticida, 36% são classificados como herbicidas e 25% são fungicidas. Apesar
dessa paridade no levantamento, a quantidade de herbicidas comercializados corresponde a 97%
de todos os produtos vendidos na região, seguidos de 2% de inseticidas e 1% de fungicidas. Os
herbicidas de alta toxicidade correspondem a 77% do montante vendido em Alta Floresta. Este
contexto demonstra a necessidade de uma maior fiscalização na utilização desses insumos
químicos para proteção da população local e do meio ambiente, além de reflexões na organização
de serviços locais integrados voltados à saúde do trabalhador para a vigilância e assistência
sanitária.



Resumo Inglês:

The agrochemical industry in Brazil often repeats the argument that the application of
pesticides is needed to increase food production that will end the hunger and hence social inequality
prevalent in third world countries. The broad and indiscriminate use of pesticides results in the
development of pest resistance to the active principles, especially after being exposed repeatedly to
the same pesticide or inappropriate dosages. The consequence of this resistance is the need to use
a more variety and greater quantity of products. The increase in consumption leads to an expansion of the risks attached there too, so that people not directly tied to the chain of production of these
substances also are exposing themselves in the light of environmental contamination and food,
making the problem of pesticide an even more serious problem of health. This study aimed to
identify and classify the main pesticides sold in the city of Alta Floresta and region. 193 pesticides
were collected, divided into, 39% are class insecticide, 36% are classified as herbicides and
fungicides are 25%. Despite this parity in the survey, the amount of herbicides used corresponds to
97% of all products marketed in the region, followed by 2% to 1% insecticides and fungicides. The
high toxicity of herbicides account for 77% of the amount sold in Alta Floresta. This calls for greater
oversight in the use of chemical inputs, to protect the local population and environment and an
impact to the organization of local integrated health worker to monitor and care services.