AGRICULTURA FAMILIAR EM ÁREAS DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL, RIO GRANDE DO SUL

OKARA: Geografia em debate

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Programa de Pós-Graduação em Geografia, Departamento de Geociências
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Telefone: (83) 32167742
ISSN: 1982-3878
Editor Chefe: Richarde Marques da Silva
Início Publicação: 31/05/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

AGRICULTURA FAMILIAR EM ÁREAS DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL, RIO GRANDE DO SUL

Ano: 2009 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: Vera Maria Favila Miorin
Autor Correspondente: Vera Maria Favila Miorin | [email protected]

Palavras-chave: Agricultura familiar. Meio ambiente. Reconversão

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A questão ambiental tem sido discutida, nos últimos anos, por organizações não
governamentais e órgãos oficiais. Estas instituições têm demonstrado
preocupação com o meio ambiente e desejado modificar certas formas de
relações que as sociedades estabelecem com a natureza. Destacam‐se as
atividades da agricultura familiar rural, especialmente, aquelas surgidas pós‐
processo de modernização da agricultura, que promoveu acentuado desequilíbrio
nos sistemas ambientais e da agricultura familiar de base colonial. Relacionado à
intensa ação humana, nos últimos anos, observa‐se em curso outros processos de
formação e de concentração de população em pequenas extensões de área frágil
com uso intensivo dos recursos de solo que tem contribuído para intensificar a
degradação ambiental destes ambientes frágeis. Buscando o equilíbrio com
desenvolvimento econômico, a preservação dos recursos naturais com
desenvolvimento sustentável teve lugar os estudos em áreas com processos de
degradação natural (arenização) denominadas de áreas críticas e pouco adequada
ao uso do solo, mas ocupadas pela agricultura familiar. Metodologicamente,
contemplaram‐se os aspectos ambientais e a composição da unidade de produção
(aspectos sociais), seguindo Paterson (1975) e Drew (1986). Na demonstração dos
resultados, o estudo permitiu conhecer a estrutura social dominante nestas áreas,
a presença do baixo contingente populacional, a elevada idade dos moradores
responsáveis pela continuidade do processo agrícola de sobrevivência, a produção
cada vez menor e, aliado a esta problemática, o baixo grau de escolaridade dos
membros das famílias, ao que se sugere a alfabetização dos adultos e
implementação de uma educação ambiental dos jovens, procurando atingi‐los em
atitudes capazes de permitir posições participativas em questões relacionadas à
adequação dos recursos naturais e à sobrevivência (embalagens tóxicas e lixo nos
córregos das propriedade). Quanto aos recursos naturais, constatou‐se o
agravamento das condições ambientais, a presença de voçorocas nas lavouras, o
avanço da arenização, obrigando as lavouras a se estenderem sobre os últimos
vestígios de matas‐ciliares.